Os amores acabam e não se despedem. Para cada um deles tenho uma ferida aberta no peito. Eles seguem na vida e eu fico aqui no meio do caminho a acumular desastres. Eles deixam de sentir e eu sinto eternamente. Sinto menos que amor, menos que saudade e frustração.Sinto uma coisa que não tem nome. Sinto isso que cresce como uma doença dentro de mim. Essa doença que não me matará, mas que definha o meu coração e tudo o que tem dentro até ninguém mais conseguir chegar aqui e eu ficar sozinha para sempre.
Conto I
Cheguei atrasada em casa, corri tomar um banho. Debaixo do chuveiro escutei o celular tocando duas vezes. Corri vestir uma roupa, estava terminando de passar um batom, peguei o celular e tinha uma única mensagem. Dele. Dizia: a Tereza morreu. Isso faz dois anos. Depois daquela semana nunca mais nos falamos. Era ela o nosso elo. Indesejado, vale lembrar. Mas valia a pena. Tereza foi a parte mais doce da minha vida. Até hoje.
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